13 de agosto de 2012

Lúdio Cabral propõe ações de combate à violência contra agentes de trânsito


Candidato propõe ações educativas para diminuir violência contra agentes de trânsito

Os candidatos a prefeito e vice-prefeito de Cuiabá, Lúdio Cabral e Francisco Faiad, se comprometeram a investir na melhoria das condições de trabalho dos agentes municipais de trânsito, se eleitos. Eles estiveram reunidos nesta segunda (13) com a direção do Sindicato dos Agentes de Trânsito e Transporte de Cuiabá, a quem Lúdio Cabral informou que vai revisar as legislações de carreiras de todas as categorias e criar uma política de recomposição permanente de salário vinculada ao crescimento da arrecadação do município, que é de aproximadamente 15% ao ano. “Vamos ter uma política uniforme de remuneração e, assim, garantir aumento real nos salários. Há defasagens e inconsistências nas legislações de carreira que precisam ser corrigidas”. Cento e setenta e nove agentes de trânsito foram aprovados no último concurso público e assumiram seus postos há 45 dias.

Conhecidos popularmente como “amarelinhos”, eles reivindicam mais segurança para a categoria, que vem sofrendo agressões físicas e verbais constantes da população. Em 45 dias de trabalho, já foram registrados 17 Boletins de Ocorrência junto à Polícia Militar.

O caso mais grave aconteceu no último dia 26 de julho, quando um agente foi atingido na cabeça por uma marretada desferida por um motorista que foi advertido por estar na contramão e sem cinto de segurança. “Fomos ‘jogados’ na rua sem que a população fosse conscientizada de nosso papel. Cobramos da Prefeitura uma campanha educativa sobre isso, mas nada foi feito”, explicou o presidente do sindicato, Alexandre Arruda.

A entidade repassará a Lúdio Cabral a proposta de alteração da lei n.º 257/2011, que criou o cargo de agente de trânsito. Eles pedem a revisão do plano de carreira, melhoria salarial e a regulamentação do adicional sobre os salários, previsto em lei. Segundo o sindicato, o salário de um agente de trânsito em Cuiabá, de R$ 850, é o mais baixo do país e a carga horária, de 40 horas semanais, é a mais alta. Em Rondonópolis, por exemplo, o salário chega a R$ 3.5 mil e em Campo Grande (MS), a R$ 5 mil.

Nesta segunda, os agentes de trânsito realizaram um dia de paralisação em protesto e têm indicativo de greve para a próxima semana. Na próxima quarta-feira (15), eles vão discutir o tema em uma audiência pública na Câmara Municipal.

Lúdio Cabral explicou que entre as ações de seu programa de governo está a criação da Empresa Pública de Trânsito e Circulação, que administrará o trânsito em Cuiabá. Ele avaliou que o município precisa investir em comunicação e em educação para estabelecer uma relação positiva entre os usuários de transporte coletivo, motoristas e agentes de trânsito. “Essa violência é um sintoma de adoecimento de quem está no trânsito. As pessoas não são violentas por si, é consequência de como está o trânsito hoje. É preciso uma política de comunicação e educação, além da melhoria na qualidade do serviço”.

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