23 de outubro de 2013

Mulheres mudam suas histórias de vida com o Bolsa Família



Das 13,8 milhões de famílias que recebem o benefício, 92,37% dos titulares são mulheres

Clique aqui para conferir o hotsite do Bolsa Família 10 anos

Com informações do MDS

Dados do programa revelam impacto positivo na vida das brasileiras

“A importância do benefício foi muito grande na minha vida, pois, com ele, eu comprava o pão, o gás, uma coisinha ou outra para os meninos. Então, me ajudou bastante”, conta Leila Rodrigues Cardoso, 32 anos, que entrou para a faculdade de Serviço Social. Hoje, trabalha em um Centro de Referência de Assistência Social (Cras) em Formosa (GO) e não integra mais o rol de beneficiárias.

“Eu sempre busquei mais. Terminei meus estudos, estou trabalhando, tenho minha casa, não dependo mais do Bolsa Família. Eu dependo de mim agora. Lutei muito para chegar aonde cheguei. Eu sou uma vencedora!”, comemora. Histórias de vida como a de Leila estão registradas no hotsite sobre os dez anos do programa, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), que tem conteúdos sobre as mudanças positivas no dia a dia das famílias brasileiras.

Considerado o maior programa de transferência de renda do mundo, das 13,8 milhões de famílias que recebem o benefício, 92,37% dos titulares são as mulheres. Estudo realizado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher da Universidade de Brasília (Nepem/UnB), intitulado O Programa Bolsa Família e o Enfrentamento das Desigualdades de Gênero, aponta três impactos na condição social das mulheres titulares do benefício: aumento do poder de compra, com estímulo à economia local, já que o dinheiro utilizado circula no município; afirmação da autoridade e de mais autonomia feminina no espaço doméstico, uma vez que ela deixa de depender exclusivamente do marido; e a percepção da própria mulher de ser uma cidadã brasileira.

Indicadores - Outro levantamento - o “Perfil das Famílias do Cadastro Único” –, feito pelo MDS em 2011, indica que as beneficiárias titulares do programa têm em média 38 anos de idade, 63,5% se autodeclaram pardas, 25,6% brancas, 9,9% indígenas e 0,3% amarelas. O estudo revela também que, dos 13,8 milhões responsáveis familiares que recebem o Bolsa Família, 80,4% já frequentaram a escola.

Capacitação profissional - Além disso, o Pronatec Brasil Sem Miséria – programa do governo federal que tem por objetivo oferecer qualificação profissional para aumentar as oportunidades de emprego para trabalhadores do Cadastro Único – conta com 66% de mulheres nos cursos oferecidos. O programa tem como meta de oferecer um milhão de vagas de qualificação profissional para pessoas de baixa renda até 2014. No início de setembro, o Pronatec Brasil Sem Miséria bateu a marca de 700 mil matrículas.

Assessoria de Comunicação Social

Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM

21 de outubro de 2013

Lúdio Cabral em entrevista ao MídiaNews: “O Governo de Mendes é um genérico da gestão Galindo”


Laíse Lucatelli   DA REDAÇÃO
fotografia de: Pedro Alves


O ex-vereador Lúdio Cabral (PT), após ser derrotado nas urnas por Mauro Mendes (PSB) para comandar a Prefeitura de Cuiabá, avalia que seu adversário, após dez meses de mandato, ainda não realizou as mudanças que prometeu na campanha eleitoral do ano passado.
E mais: para o petista, a gestão de Mendes não passa de um “genérico” do governo do ex-prefeito Chico Galindo (PTB), apenas um "governo de continuidade".

Cauteloso, ele não descarta ser candidato a prefeito novamente, em 2016. Antes, porém, Lúdio se prepara para disputar uma vaga de deputado federal nas eleições de 2014.
Ele quer, também, garantir a filiação do juiz federal Julier Sebastião ao PT, e lançá-lo na disputa pelo Governo do Estado.

Dez meses após deixar a Câmara, depois de oito anos como vereador, sempre fazendo oposição sistemática aos ex-prefeitos Wilson Santos (PSDB) e Galindo, o petista diz que não sente falta de ser vereador.
E lamenta: “A Câmara tem uma capacidade impressionante de produzir novidades negativas para a política em Cuiabá. Quando você pensa que tudo aconteceu, acontece uma coisa nova”.

O petista voltou a defender a retomada dos serviços de água e esgoto pelo município, criticou a situação da Saúde em Cuiabá e Mato Grosso, e o sistema de gestão por meio de Organizações Sociais de Saúde (OSS), entre outros assuntos.

Leia os principais trechos da entrevista concedida ao MidiaNews:

18 de outubro de 2013

Feliz dia do médico



 Com essa homenagem ao Lúdio Cabral o Rodas da Cidadania homenageia todos os médicos no seu dia.


Sabe qual foi o meu maior sonho desde pequena? Era ter um médico desses de novela que bastava sentir mal, ligar e lá estava ele. Com a maletinha na mão e se transformava em mais amigo do que propriamente médico. Eu sempre dizia: Vou ter um médico desses que atende a gente em casa. Que além de remédio oferece colo, apoio...
Eu cresci e olho eu aqui, vendo meu sonho realidade. Até hoje não tinha me dado conta de que aquele sonho de criança tinha saído da fantasia e se tornado tão real. E meu médico é ainda mais especial do que os das novelas porque ele existe de verdade. E a vida ainda foi generosa comigo que me deu um médico lindo. De alma, de coração e fisicamente. Um médico que mais do que tratar de doenças, trata da amizade, com o abraço mais gostoso do mundo e que em nenhum sonho eu poderia imaginar. Ele traz mais do que o estetoscópio, ele traz uma generosidade sem fim.
E o sorriso, mesmo após um dia árduo de trabalho é o mais reconfortante possível. Sou mesmo uma privilegiada. Além de sonhos realizados, além do médico que me socorre a cada mal estar da família eu tenho o melhor amigo do mundo. Que me mostra que o ato de entregar o coração em amizade é normal pra ele, pois ele o faz com todos.
E ele também tem o sonho de levar atendimento em todas as casas se pudesse estaria ele lá levando mais do que diagnósticos, esperança no coração. E reconfortando quem perdeu alguém, e dando as mãos por uma justa causa, em apoio às classes menos favorecidas. Nem em novela ele seria tão especial. E o bom disso tudo é que eu posso dizer que é o meu médico. Que é vê que quando não pode ele tem ajudadores que o representa tão bem. Como se esquecer da mão amiga na época difícil da hanseníase; do torcicolo que me deixou imobilizada, da febre forte do meu filho, da suspeita de apendicite, do apoio à minha irmã e das palestras que tão gentilmente me atendeu... E teria muito mais...

Eu só posso mesmo acreditar em sonhos.
E agradecer por Deus ser tão generoso comigo e colocar um anjo em minha vida. Um anjo disfarçado de médico e mais ainda de amigo. Deve haver alguma asa escondida por aí. Mas como os anjos quando vêm a terra precisam se disfarçar, é melhor não revelar que você é um deles. Mas se precisar de conserto de asa quebrada (as vezes a gente cai),se precisar de mão pra segurar e caminhar juntos, se precisar de mais alguém pra compor a roda eu estarei aqui. Sempre. Como você sempre esteve do meu lado.
Parabéns pelo seu dia!



Mariana Gouveia

15 de outubro de 2013

Uma homenagem à todos os professores. Feliz dia!




Adélia Prado disse:''Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra'. Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.
Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem.
'Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios', escreveu Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da educação é ensinar a ver. O zen-budismo concorda, e toda a sua espiritualidade é uma busca da experiência chamada 'satori', a abertura do 'terceiro olho'. Não sei se Cummings se inspirava no zen-budismo, mas o fato é que escreveu: 'Agora os ouvidos dos meus ouvidos acordaram e agora os olhos dos meus olhos se abriram'. Há um poema no Novo Testamento que relata a caminhada de dois discípulos na companhia de Jesus ressuscitado. Mas eles não o reconheciam. Reconheceram-no subitamente: ao partir do pão, 'seus olhos se abriram'. Vinicius de Moraes adota o mesmo mote em 'Operário em Construção': 'De forma que, certo dia, à mesa ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção, ao constatar assombrado que tudo naquela mesa - garrafa, prato, facão - era ele quem fazia. Ele, um humilde operário, um operário em construção'.
A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. Se os olhos estão na caixa de ferramentas, eles são apenas ferramentas que usamos por sua função prática. Com eles vemos objetos, sinais luminosos, nomes de ruas - e ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer. Isso é necessário. Mas é muito pobre. Os olhos não gozam... Mas, quando os olhos estão na caixa dos brinquedos, eles se transformam em órgãos de prazer: brincam com o que vêem, olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo.

Os olhos que moram na caixa de ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na caixa dos brinquedos, das crianças. Para ter olhos brincalhões, é preciso ter as crianças por nossas mestras. Alberto Caeiro disse haver aprendido a arte de ver com um menininho, Jesus Cristo fugido do céu, tornado outra vez criança, eternamente: 'A mim, ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente as têm na mão e olha devagar para elas'.
Por isso - porque eu acho que a primeira função da educação é ensinar a ver - eu gostaria de sugerir que se criasse um novo tipo de professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana. Como o Jesus menino do poema de Caeiro. Sua missão seria partejar 'olhos vagabundos'...

Rubem Alves

11 de agosto de 2013

Ser pai é...



 O Rodas da Cidadania deseja a todos os pais um feliz dia dos pais.


Ser pai é mais do que somente cumprir um papel dentro da família e da sociedade.
Ser pai é acima de tudo ser o amigo de todas as horas... é estar sempre próximo, acessível, buscando sempre estar presente na vida do filho.
Ser pai é uma missão divina, que coloca o ser humano próximo de seu criador, pois assim como o Ser Supremo que nos guia, o pai deve ser o farol dentro da vida de seus filhos, encaminhando-os no difícil trilhar dessa existência.
Ser pai é aceitar as responsabilidades que ultrapassem o limite de suas forças, mas mesmo arquejado pelo peso que o sufoca se ergue empedernido e supera, sempre lutando e alcança a vitória.
Ser pai é além de educar estar constantemente ao lado de seus filhos, abdicando muitas vezes de responsabilidades para desfrutar um jogo de bola, brincar de carrinhos, empinar pipas, andar de mãos dadas...
Ser pai é vencer o cansaço de um dia de trabalho e com o coração em festa sentar com o filho para ver um desenho animado, uma prosinha maneira, ouví-lo falar de seus aprendizados de vida, tal como eu ouvi meu filho dizendo a muitos anos atrás, como: "Pai, a "tia" nos ensinou hoje que primeiro deve estar sempre a obrigação depois a diversão".
Ser pai é vivenciar os gatinhar de seu filho, recordar-se de suas primeiras palavras e muitas vezes gargalhar quanto a palavra dita lhe causa um sobressalto, como : "Pai vamos na putaria", quanto o seu desejo era dizer : " Pai vamos na portaria "... sorrisos.
Ah... O tempo passa os primeiros passinhos transformam-se em largas passadas e o garoto que um dia era um pirralho hoje lhe ultrapassa a altura.
Sim a missão é pesada e difícil, mas a recompensa virá no êxito do filho amado, no despertar e ver o homem que você criou.
(Aílton Carlos)

12 de maio de 2013

O Rodas da Cidadania deseja a todas as mães um feliz Dia das Mães



"Minha mãe, pra mim, é sol mesmo quando chove. É chuva, com direito a cheiro de terra molhada do quintal lá de casa, quando tudo fica árido. Silêncio capaz de amansar ruídos que eu não sei como fazer dormir. Voz que me ajuda a acordar esperanças quando elas ficam com preguiça de levantar. Uma presença que sabe acender o meu ânimo quando o breu se esparrama. Primavera para o meu olhar, não importa qual seja a minha estação. Um perfume inigualável. Ela e as coisas todas do mundo dela. Quando chega, traz lembranças minhas que apenas ela reflete e apenas eu consigo ver. Uma espécie de poema que o sentimento lê em voz alta somente para dentro.

Minha mãe foi a primeira música que tocou no meu rádio. A primeira paisagem. A primeira pessoa que me falou sobre milagres e, sem palavra alguma, me contou sobre Deus. Uma história de amor. Tanto faz se, às vezes, desconcertado. Tanto faz se, às vezes, atrapalhado pela mistura das coisas que são dela e das coisas que são minhas. Tanto faz se aprendendo a amar junto comigo nesses bancos da escola. Tem vez que a gente demora para resolver alguns exercícios mais complicados, mas a amizade que nos liga e construímos, página a página, sempre nos orienta na busca das respostas. Minha mãe é maciez pra minha alma quando a vida se faz áspera e quando não. Um lugar de conforto, onde eu posso ser. Amor, quando as minhas folhas caem e quando floresço. A mesa sempre posta, até quando sinto fome apenas de lembrar quem sou.

Estou convencida de que ninguém me conhece melhor do que ela. Sente a emoção da vez, antes da minha voz. Sente quando omito alguma coisa, por mais sofisticados que sejam os meus disfarces. Sente a atmosfera da minhas palavras, antes que eu consiga ou resolva dizê-las. Conhece mais variações de sorrisos, silêncios e olhares meus e suas respectivas mensagens do que suponho mostrar. Ela não me conhece assim porque é versada em psicologia. Minha mãe é versada em mim, desde quando eu ainda nem era eu direito.

Parece ser especialista em previsões climáticas. Chove, quando não lembro do chapéu e ela diz pra eu não esquecer. Faz um frio absurdo, de repente, quando não levo o casaco e ela diz pra eu levar. Geralmente costuma doer quando alerta que vou me machucar e eu não ligo. Ah, sim, um bocado de vezes também exagera, erra na medida, lê seu oráculo de cabeça pra baixo e com lente de aumento, seja lá por falha intuitiva ou conveniência de seus receios maternos. Mas a verdade é que mãe parece mesmo ter um olhar diferente. Capaz de ver coisas que quaisquer outros olhos do mundo não sabem enxergar. Nem os nossos.

Minha mãe cantou para me fazer adormecer. Ensinou-me, com toda a paciência, a rezar para o meu anjo da guarda antes de eu dormir e de levantar da cama. Ensinou-me a respeitar o espaço das pessoas, a ser educada com gente de toda idade, a ser cuidadosa com as plantas e os bichos, a não me apropriar de nada que não me pertencesse. De mãos dadas, seguíamos pelas ruas e seguir de mãos dadas com ela pelas ruas era uma espécie de festa que acontecia toda manhã. Encapava meus cadernos. Perguntava o que havia acontecido na escola quando percebia que eu havia chorado, mas não contava para ela. De vez em quando, me surpreendia com meus lanches preferidos enquanto eu assistia "Sessão da Tarde": bolo "Ana Maria", mingau de cremogema, bolinhos de chuva.

Minha mãe costumava cantarolar, lá na cozinha, enquanto preparava o almoço. Nunca soube se era também por isso que a comida ficava tão gostosa e tinha um cheiro que eu não encontro em nenhum outro lugar. Costurava até altas horas da noite, fazia tricô, jogos de ráfia, enxoval para bebê, para ajudar o meu pai com as despesas, eu ficava por perto, ouvindo música, escrevendo meus versos. No início da adolescência, desconcertada, me falou, do jeito dela, sobre novidades que não sabia como me explicar. E quando eu sentia cólicas terríveis, lá estava ela, com seu chá de erva-cidreira e as toalhinhas quentes que passava a ferro para pôr sobre a minha barriga. Às vezes é preciso que o mundo dê algumas voltas e a gente amadureça um pouco para ser capaz de leituras mais amorosas sobre um bocado de coisas. Leituras com braços e coração mais abertos.

Nos meus tempos de conga azul, cadernos com decalque, canetinhas silvapen, merendeira com lanche Mirabel, lá pelos sete anos de idade, no início daquilo que chamavam de “primário”, eu escrevia frases curtas que me pareciam enormes, recém-alfabetizada que era. Vocabulário restrito, para falar sobre a minha mãe, escrevi várias vezes tudo o que eu podia: “Minha mãe é bonita”. Atualmente, tenho muito mais do que sete anos e, ao longo das décadas, aprendi a escrever frases mais elaboradas, mas esta continua sendo perfeita. Para os meus olhos, as belezas que ela tem são ainda maiores, bem maiores, agora, olhando daqui.' "

Ana Jácomo