27 de fevereiro de 2011

Perda da razão - Gabriel Novis Neves‏

GABRIEL NOVIS NEVES

Em Medicina, perda da razão tem várias interpretações científicas. Há uma nada agradável, que é chamada de alienação. Mas isso é na medicina, outrora chamada a arte de curar.

Sinto que o meu Estado, e a cidade onde nasci, sofrem de alienação no seu grau mais sério, caminhando para a cronicidade.

A alienação é total, "de mamando a caducando".

A nossa Arca de Noé está fazendo água, e a pequena aristocracia burocrática, que no momento comanda a embarcação, ainda não percebeu nada.

Durante anos convivi profissionalmente com pacientes alienados. Sentia-me um privilegiado por estar ao lado deles, às vezes ajudando-os.

23 de fevereiro de 2011

Convite

Para Lúdio, Sanecap não dá conta de suas obrigações e quer coleta


Por Laura Nabuco
 O vereador Lúdio Cabral (PT) afirmou ser contra a possibilidade da Sanecap ficar responsável pela coleta de lixo da Capital. "A Sanecap precisa primeiro dar conta da tarefa que tem hoje", disparou. A medida é prevista pela Lei Nacional do Saneamento, que determina que o tratamento de água, a coleta de esgoto e lixo e a administração do aterro sanitário sejam responsabilidade de uma única entidade. Mesmo com a Câmara já tendo aprovado o projeto de lei que adequava a legislação municipal à nacional, as mudanças ainda não saíram do papel. Isso porque os quatro serviços básicos continuam sendo divididos entre a Sanecap e a secretaria de Infraestrutura.

11 de fevereiro de 2011

A SOCIOLOGIA DA MORTE: SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL E EM MATOGROSSO

      Prof.Dr. Naldson Ramos da Costa - Sociólogo



O homem tem direito à sua morte como tem direito à sua vida. Morrer é um processo humanamente tão importante quanto nascer e viver”  J. Moltmann

A situação da saúde no Brasil e em Mato Grosso, mesmo com alguns avanços, encontra-se no leito da morte. Muita coisa já se pensou e propôs para resolver a questão da saúde pública: criação do SUS, farmácias populares e de alto custo, melhoria na remuneração dos serviços médicos hospitalares, contribuição obrigatória da saúde, e transferência de verba constitucional para estados e municípios.
Nosso modelo de saúde é um dos mais elogiados por seu caráter universal. A saúde pública brasileira parece muito atraente e perfeita, mas o que vemos na prática é uma dificuldade de acesso à saúde muito grande e esta se mostra uma verdadeira calamidade pública. Hospitais públicos, que deveriam dar assistência a qualquer um que necessite de ajuda, não têm recursos para manter equipamentos atualizados, não possui insumos suficientes para o atendimento adequado e faltam recursos humanos com equipes motivadas e bem remuneradas.

Quantas pessoas em nosso país e em Mato Grosso(Cuiabá e interior) não necessitam fazer um simples tratamento de virose e não conseguem sequer marcar um consulta para ter um diagnóstico firmado. Pior, quantas pessoas dão entrada no sistema público hospitalar e ficam jogadas nos corredores esperando a morte chegar por falta de equipamentos, remédios e equipe profissional motivada e atualizada?

Recentemente adentrei os corredores do Hospital Pronto Socorro de Cuiabá e vi ali uma tragédia anunciada. Pessoas jogadas nos corredores em cima de macas ou no chão, algumas acompanhadas de parentes e outras não, a espera da morte, ou quem sabe de alta hospitalar. As cenas são chocantes: velhos, crianças, jovens, homens e mulheres amontoados uns do lado do outro. Vi um senhor de mais ou menos 60 anos, só de cueca, retirando o pênis para mixar dentro da “comadre” do lado de uma moça que não deveria ter mais de 20 anos. Este mesmo senhor, 20 minutos depois, com a perna direita toda engessada, vinha se arrastando pelo corredor quando foi parado por um enfermeiro que lhe obrigou a andar de fasto até que resolveu lhe perguntar: “onde o senhor pensa que vai”?. Ao que respondeu: “quero ir ao banheiro”. Foi quando se providenciou uma cadeira apropriada, a qual eu tive de amparar para que ele não caísse no chão.

As cenas que lá presenciei me lembram os campos de concentração nazistas do século passado. Verdadeiros corredores da morte. Maranhão(1995) em seu livro discute a desigualdade do homens diante do morte. Neste livro fala do direito básico de todo homem poder viver os últimos e decisivos momentos de sua existência de modo digno, respeitoso e humano possível. Pobre no Brasil não tem direito a vida digna, quem dirá a uma saúde e uma morte digna. Falta humanismo no atendimento por profissionais da saúde.

O senador Cristovam Buarque tem um projeto de lei que, se aprovado fosse, obrigaria todo político(deputado, senador, prefeito, governador, presidente) a matricular seus filhos e netos na escola pública do país. Segundo ele isso obrigaria os políticos a resolver o problema da educação. Vou sugerir a ele o mesmo para a saúde. Ou seja, todo político que ficasse doente
 
deveria ser obrigatoriamente internado em hospital público. E não como ocorre hoje, pois vão para o Hospital Sírio Libanês, Albert Einstein e as melhores clínicas e equipes médicas do país.


Por fim, quero fazer um apelo às autoridades competentes. O Pronto Socorro de Várzea já foi fechado. O de Cuiabá, embora em reforma já está caindo aos pedaços e merecia a interdição em nome da saúde pública. Precisa urgentemente de um plano de ajuste de conduta na sua gestão. Governador, Prefeito, deputados, Secretários(municipal e estadual) ponham em prática 10% do que prometeram na campanha eleitoral e tenho certeza que o Povo vai notar a diferença. Deputado Sérgio Ricardo em que resultou a CPI da Saúde? Ministério Público, vossas excelências representam também o Povo. Por favor, visitem os corredores do Pronto Socorro. Meios de comunicação abracem está causa. O povo pede socorro.

Não posso finalmente deixar de lembrar o poeta, embora discorde que sejamos iguais na morte. “...somos iguais em tudo na vida, morremos de morte igual, da mesma morte, Severina.(...) de fome um pouco por dia (de fraqueza, de doença...em qualquer idade)”. João Cabral de Mello – Vida e Morte Severina.

Prof.Dr. Naldson Ramos da Costa - Sociólogo


9 de fevereiro de 2011

Lúdio Cabral cobra transparência na aplicação de recursos nas obras da Copa do Pantanal em Cuiabá

O volume de investimentos públicos e privados em Cuiabá, que deve superar R$ 6 bilhões até 2014, exige fiscalização rígida e, de preferência, com participação da sociedade organizada. E, para proporcionar maior transparência das atividades do poder público, em Cuiabá, o líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara Municipal, vereador Lúdio Cabral, apresentou requerimento cobrando explicações dos dirigentes da Agência Executora da Copa de 2014 (Agecopa), durante a sessão ordinária desta quinta-feira (03), no Plenário das Deliberações.

8 de fevereiro de 2011

Lúdio Cabral cobra de prefeitura relatório de atendimento dos que vivem em áreas de risco

Depois de várias catástrofes ambientais noticiados no mundo, o vereador Lúdio Cabral (PT) apresentou, na Câmara de Cuiabá, requerimento solicitando da Prefeitura Municipal, levantamento detalhado sobre as famílias que estão vivendo em área de risco ou mesmo já desabrigadas, em decorrência das chuvas intensas que caem, neste período, do ano na Capital.
“Não temos noção do risco que corremos, precisamos nos preparar para qualquer eventual desastre, pois estamos todos vulneráveis, não sabemos a magnitude desses impactos naturais. Precaver é a melhor solução”, argumentou o parlamentar petista.
Ainda na tribuna, o parlamentar requereu do Poder Executivo informações completas, sobre: quais as áreas de risco, em Cuiabá, com os respectivos mapas; a relação das famílias que estão nestas áreas e quais as medidas tomadas pelo Poder Público Municipal.

“Esclarecer quais as providencias a serem tomadas, pelo Poder Público Municipal em relação às famílias que estão nas áreas de risco é essencial, pois estaremos contribuindo para a segurança e a tranqüilidade do povo que representamos”, pontua o líder do PT.
Especialistas pelo mundo afirmam que, catástrofes da natureza têm aumentado sistematicamente nos últimos tempos, tanto em quantidade como em intensidade e apesar deste acúmulo, muitas pessoas reagem indiferentes como se o assunto não fosse preocupante.
“Não podemos ridicularizar, ou deixar de lado, a palavra de ‘alerta’. Os desastres resultantes de fortes chuvas estão cada vez mais visíveis na capital mato-grossense, já que a intensidade é cada vez maior e assim também suas conseqüências,” disse.
Adrielle Piovezan