6 de junho de 2011

Servidores da Sanecap deflagram greve


Sissy Cambuim

Reunidos em assembleia geral em frente à sede da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap) nesta segunda (6), cerca de 150 servidores decidiram, por unanimidade, deflagrar greve geral, por tempo indeterminado, até que as negociações com a diretoria apresentem um avanço concreto.

    Entre as principais reclamações dos funcionários da companhia, está a falta de condições de trabalho e as críticas pontuais sobre a má gestão da Sanecap, feitas não só pelos funcionários, mas por empresários e pela Câmara, especialmente pelo vereador Lúdio Cabral (PT), que participou da assembleia dos servidores.


No final de maio, o Sindicato dos Trabalhadores de Água, Esgoto e Saneamento Ambiental deu início a um abaixo assinado e conseguiu 350 assinaturas, dentre os cerca de 500 funcionários da Sanecap, pedindo ao prefeito a demissão do diretor-presidente Aray Fonseca (PTB). De acordo com o presidente do sindicato, Ideueno Fernandes de Souza, o documento foi entregue ao prefeito Chico Galindo (PTB) que, segundo ele, pediu que a questão fosse resolvida diretamente com o diretor-presidente.

    “Na semana passada conversamos com Aray, que se comprometeu a tentar resolver o problema. Acreditávamos que não haveria a necessidade de greve depois dessa conversa, mas a verdade é que uma semana se passou e ele não nos deu nenhuma resposta concreta, não apresentou nenhum documento ao sindicato, por isso estamos cobrando providências”, explicou Ideueno.

    Aray mal teve tempo de se habituar ao novo cargo, assumido há pouco mais de dois meses, para começar a ser “bombardeado”. Desde sua posse, vem acumulando críticas e desgaste. A Sanecap divide a berlinda dos ataques à gestão Galindo com a crise na saúde. Além da reclamação da população por problemas no abastecimento e da insatisfação dos servidores, a polêmica sobre uma possível “terceirização” da companhia aumentou o clima de instabilidade e ajudou a esquentar os ânimos.

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