
“ Nós tivemos na caixa econômica federal e eles nos disseram que a prefeitura pediu mais prazo para terminar a obra. A caixa deu mais seis meses. Prazo que encerra-se agora em julho, mas quase nada foi feito. Do jeito que está nem se eles tiverem prazo até outubro o serviço vai terminar. Nós estamos com medo das obras não serem concluídas e ainda perdermos a aplicação correta do dinheiro que já está disponível há tempo”, afirma José Carlos Sampaio, coordenador do Fórum de Luta por Saneamento e Vida.
O fórum foi criado em 2005, como instrumento de mobilização da comunidade para tencionar o poder público a resolver o problema que até hoje aflige os moradores: o ambiente pútrido causado pelo esgoto e falta de manutenção e equipamentos de despoluição nas lagoas।
Na última quinta-feira o vereador Lúdio Cabral (PT) cobrou do prefeito Wilson Santos (PSDB) a conclusão das obras e requereu oficialmente informações e cópias do termo de convênio entre o município e o Ministério do Turismo, além do projeto executivo das obras e cronograma de realização. Lúdio requereu ainda cópias do processo licitatório, e do contrato com a empresa escolhida para execução dos serviços, além de comprovantes dos pagamentos realizados e dos valores já aplicados no serviço.
Esgoto jogado no rio
Outra preocupação segundo José Carlos é a falta de um reator que purifique o esgoto e minimize os odores exalados do esgoto e que atormenta a vida dos moradores. Em acordo com a comunidade desde 2005 a prefeitura se comprometeu em implantar esse reator anaeróbio para tratamento do esgoto que funcionaria como um “purificador” da lagoa de tratamento. Mas até hoje não fez. Neste mês em reunião do Fórum com a Sanecap, a administração municipal disse que não poderá implantar de imediato o reator alegando falta de recurso.
Segundo o morador, além do sofrimento da população que habita na região e convive com o mau cheiro intenso, a situação traz um agravante ao meio ambiente. Há 6 meses a Sanecap iniciou o esvaziamento da lagoa para limpeza e todo o esgoto de grande parte da região Morada da Serra vem, desde então, sendo depositado in natura no córrego do Caju que deságua no rio Cuiabá, depois de passar por córregos como Gumitá, Três Barras e rio Coxipó.
“Nossa esperança era que a prefeitura implantasse logo o reator para limpar o esgoto. Mas ta demorando muito, e o esgoto que ia para lagoa, o que já era um problema, ta indo para o rio. Se não for implantado o reator isso vai sempre existir”, denuncia Sampaio.
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