9 de setembro de 2012

Moradores do Pedregal reclamam da falta de segurança


Candidato Lúdio Cabral esteve na feira do bairro na manhã deste domingo 


O alto índice de violência foi uma das reclamações apresentadas pelos moradores do bairro Pedregal ao candidato a prefeito Lúdio Cabral (coligação PT/PMDB) na manhã deste domingo (9), quando o candidato visitou a feira do bairro, na rua Manaíra, conversando com moradores e comerciantes e apresentando suas propostas de governo.

Aos moradores, Lúdio Cabral garantiu que seu governo será de mudança. “E as pessoas perceberão todos os dias que a cidade está mudando”, enfatizou.  Entre as ações previstas em seu programa de governo para a área de segurança está o fortalecimento da Guarda Municipal, aumentando seu efetivo de 19 para 200 homens de dando-lhes mais estrutura para trabalhar; e o investimento nas bases da Polícia Comunitária dos bairros, para que atuem em parceria com a Prefeitura na prevenção e combate à criminalidade.


O candidato quer ainda ocupar praças, centros comunitários e mini-estádios com atividades culturais e esportivas, oferecendo opção de lazer e afastando crianças e jovens da violência e melhorar a iluminação e limpeza dos espaços públicos, o que contribuirá para diminuir a criminalidade nos pontos mais perigosos da cidade.

Com quase 40 anos, o Pedregal abriga em média 15 mil pessoas e é hoje é um dos principais pontos de tráfico de drogas da capital. Moradores e comerciantes reclamam da falta de segurança devido ao grande número de usuários de drogas que praticam crimes no local. A dona de casa Lindalva Alexandrina diz temer pelas duas filhas, de 10 e 8 anos. “Um dia, minha filha chegou em casa correndo assustada porque tinha sido perseguida por uma usuária de drogas. Há uma semana, uma menina de 10 anos foi estuprada em plena luz do dia perto da minha casa. Mando as meninas para a escola com medo e, se elas demoram cinco minutos a mais para voltar, eu já vou atrás”, diz ela.

Segundo os moradores, a ação da base comunitária da PM que fica localizada dentro do bairro não é suficiente para conter a violência e o tráfico de drogas.

Há insegurança também por parte dos feirantes, como conta Daniel Arruda, que mora no bairro Parque Amperco, mas trabalha como feirante no Pedregal há mais de 10 anos.  “A Prefeitura deveria tomar mais conta das feiras, acompanhar. Aqui não temos segurança nenhuma, se aparecer ladrão, não podemos fazer nada”.

A mesma reclamação faz o mestre de obras Moacir Ribeiro de Magalhães, que mora no bairro Areão, mas está com frequência no Pedregal.  Segundo ele, toda a região que envolve Pedregal, Jardim Leblon e Areão está tomada pela violência. “É um roubo atrás do outro, o cidadão não pode levar dez reais no bolso que já se sente inseguro”.

Para a professora Marina Alves da Silva, a Prefeitura deveria investir mais no tratamento dos dependentes químicos. “Aqui no bairro tem uma casa de tratamento que faz um trabalho muito bom, mas ela não tem apoio nenhum. Tem muitos menores de idade se envolvendo com o tráfico. Há uns dias atrás, estouraram uma boca de fumo ao lado de minha casa, onde tinha menores de idade, e eu nem desconfiava. Muitas mães vão trabalhar sem saber como ficam os filhos”.

De acordo com os moradores, nos últimos 8 anos a situação do bairro piorou. É o que avalia o aposentado Antônio Ribeiro Duarte, que mora no Pedregal desde a sua fundação. “A violência e o tráfico de drogas aqui estão incontroláveis, as autoridades não estão mais dando conta. Esta é a maior expectativa da população, que se resolva esse problema”.

O comerciante Ari Rodrigues, que há 8 meses administra um supermercado na avenida principal do bairro, se diz descontente com a presença constante dos usuários de drogas, que praticam crimes no estabelecimento. “Já fui roubado e furtado várias vezes. É difícil de conviver com eles, se um deles entra e pega um produto e eu reclamo, fico ‘marcado’. Se não faço nada, levo prejuízo”. Segundo ele, o bairro também sofre quedas de energia elétrica e a coleta de lixo é deficiente.

Infraestrutura

A falta de infraestrutura no Pedregal também foi mencionada pelos moradores, que reclamam da demora no asfaltamento em 8 das 36 ruas do local. Onde há asfalto, este já está deteriorado e é constantemente recapeado, o que, segundo os moradores, não resolve o problema.

O abastecimento de água está irregular há pelo menos dois anos, quando começaram a ser feitas manutenções na ETA do Tijucal, que abastece a região. A dona de casa Valdeci de Souza Nascimento diz que em sua rua a água chega somente uma vez por semana, ainda assim em horário noturno, impedindo o uso para lavar roupa, por exemplo.

Camelôs

Lúdio Cabral conversou também com camelôs que vendem nas feiras de bairros e no centro da capital, a quem prometeu organizar o trânsito na região onde será instalado o “camelódromo”, no Porto, para facilitar a circulação dos veículos no local, assim como estruturar o espaço para os camelôs. “Ele disse aquilo que eu queria ouvir de um candidato. O que queremos do próximo prefeito é uma garantia de que teremos direito ao nosso espaço, que não vamos ser desalojados”, disse um camelô que não quis se identificar.

Os moradores pediram ainda a construção de banheiros na rua da feira e a reabertura do Centro Comunitário do bairro, que hoje oferece poucas atividades regulares para a comunidade. “Espero que com Lúdio como prefeito, isso mude, pois este centro comunitário foi construído durante a nossa gestão e é uma vergonha estar fechado”, opina o ex-presidente do Conselho Deliberativo da Associação de Moradores do Pedregal, André de França, um dos fundadores do bairro.

Assessoria de Imprensa - Coligação "Cuiabá, Mato Grosso, Brasil" (PT/PMDB)
Lúdio Cabral 13
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Crédito das Fotos: Thiago César

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