O candidato a prefeito de Cuiabá pela coligação “Cuiabá, Mato Grosso, Brasil” (PT/PMDB), Lúdio Cabral, visitou as policlínicas da região Sul de Cuiabá nesta segunda (3) e constatou a precariedade nos atendimentos das unidades como a demora em ser consultado, além da falta de médicos e superlotação no pronto atendimento.
Lúdio destacou que irá ampliar o quadro de médicos para reduzir o tempo de espera. Para isso, buscará o diálogo com a classe médica para atrair profissionais para rede pública da saúde. “Vamos ampliar o quadro de médicos da saúde pública, valorizando-os por meio da melhoria das condições de trabalho e revisão de planos de cargos e carreiras”, afirmou Lúdio ao conversar com um dos pacientes que aguardavam para passar pela triagem.
Na Policlínica do Coxipó, Carlos Santana Ferreira Correia aguardava com o neto, que está com catapora, desde as 7h e, depois de duas horas de espera, ainda não tinha conseguido ser atendido. Este era apenas um dos exemplos, pois o pronto atendimento estava lotado.
A policlínica aderiu ao protocolo de Manchester que classifica os riscos do paciente e determina o tempo de espera para atendimento. A classificação é feita por cores: vermelha, amarela, verde e azul. A reclamação dos pacientes é quanto à demora no atendimento. Nesta última faixa de classificação, muitos chegam a passar de três horas para ser atendidos.
A coordenadora da policlínica do Coxipó, Luzemir Alves de Souza, informou que há quatro médicos em cada turno de trabalho, sendo dois clínicos e dois pediatras, e são realizadas cerca de 350 consultas diárias no pronto atendimento. No ambulatório, os médicos chegam a atender, em média, 16 pessoas por dia. Porém, não há todas as especialidades na unidade.
Além disso, qualquer pessoa acidentada, baleada ou esfaqueada, independente da gravidade do ferimento, precisa ser levada para a policlínica para depois ser encaminhada ao Pronto-Socorro. Caso contrário, não consegue atendimento no PS de Cuiabá, que atualmente é administrado por uma empresa privada.
Durante as visitas, Lúdio conversou com os funcionários e pacientes, aproveitando para apresentar suas propostas, dentre elas a que prevê a abertura do Pronto Socorro para atendimento da demanda espontânea. Há dois anos, o PS só atende a pacientes encaminhados pelas policlínicas ou pelo Serviço Médico de Urgência (SAMU).
Lúdio também se comprometeu com a valorização do servidor da saúde, promovendo concurso público anual, qualificação profissional e revisão de cargos e carreiras.
Na policlínica do Pascoal Ramos, o fluxo de pacientes é cerca de 100 pessoas por dia, atendidas por dois clínicos e um pediatra. No entanto, atualmente falta pediatra na unidade, pois a médica entrou de licença maternidade e não há substituto. Na área ambulatorial, atendem dois ginecologistas, um clínico, um pediatra, um dermatologista e o responsável por pequenas cirurgias, mas ainda faltam especialidades.
Já na policlínica do Pedra 90, não há ambulatório e nem aparelho de Raio-x, funcionando apenas o pronto atendimento. A reclamação dos pacientes é a mesma: demora no atendimento.
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