Instalada há 18 anos no bairro do Porto, o Mercado Municipal recebe diariamente cerca de 1.500 pessoas. Falhas na limpeza e na infraestrutura, tais como a falta de forro no teto, o calor excessivo e o mau cheiro que vem dos encanamentos de esgoto são algumas das reclamações dos feirantes. O candidato a prefeito Lúdio Cabral (coligação PT/PMDB) visitou a feira neste sábado (18), acompanhado do candidato a vice-prefeito, Francisco Faiad, e de militantes dos dois partidos.
Os 175 boxes empregam mais de mil trabalhadores diretos e indiretos. Muitos reclamam também dos transtornos causados pelo grande número de pombos do local. “Já tive que jogar mercadoria fora porque estava contaminada com fezes de pombo. Eles aumentam no período chuvoso e não há nada que a gente possa fazer a não ser expulsá-los, mas eles voltam sempre”, reclama a feirante Ivone Ana dos Santos. De acordo com a Associação dos Feirantes do Mercado Municipal do Porto, já foram pedidas providências ao Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura de Cuiabá, sem sucesso.
Há cerca de dois anos, com recursos do Governo do Estado e da Prefeitura Municipal e do Governo do Estado, foram reformados os banheiros e instalados isoladores térmicos no teto. Segundo a presidente da associação, Silvânea Costa, a entidade está buscando parcerias para executar o projeto de ampliação da feira, que prevê reforma dos restaurantes e a criação de um espaço cultural. “Todas as melhorias que conseguimos foi graças a muita luta, nunca esperamos nada, sempre corremos atrás”.
Eunice Alves, que há 19 anos vende legumes e verduras no Mercado Municipal, reclama da falta de ônibus com destino a Várzea Grande no local. “Aqui tem muito feirante que mora em Várzea Grande, assim como clientes, que deixam de vir porque não tem pontos de ônibus perto”.
Para o vendedor de peixes Isaías Gregório dos Santos, a Prefeitura deveria abrir linhas de crédito específicas para feirantes. “Não conseguimos crédito na praça e, no entanto, não temos incentivo da Prefeitura para adquirir nosso equipamento, como é o caso do meu balcão frigorífico, que comprei com muito sacrifício”.
Shopping
Lúdio Cabral e Francisco Faiad também andaram pelo Shopping Popular, no bairro Dom Aquino. Com 400 boxes, o local recebe em média 10 mil pessoas por semana e gera 1.500 empregos diretos e 2.500 indiretos.
Mas a estrutura do “camelódromo” não atende mais à demanda. O estacionamento, com capacidade para 350 veículos, está sempre lotado e, nos dias de maior movimento, chega provocar engarrafamento no trânsito da Avenida Beira Rio. Em dias de chuva, há alagamentos no local. Para diminuir o calor, a Associação dos Camelôs do Shopping Popular instalou climatizadores.
Segundo o presidente da entidade, Lino Mundim, a principal expectativa dos comerciantes é a construção do novo “camelódromo”, no terreno de 17 mil metros localizado ao lado da Acrimat, doado pela Prefeitura Municipal. Mas, segundo ele, a doação só se efetivará quando a obra estiver pronta e a entidade está buscando parcerias para a empreitada. “Hoje, 80% dos camelôs têm CNPJ como Empreendedores Individuais, o que facilita a realização de parcerias”.
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