O candidato a prefeito Lúdio Cabral (PT) pretende, se eleito, criar em Cuiabá a política municipal de Economia Solidária, que prevê a instituição de uma lei municipal, um fundo e um conselho específicos. Ele esteve reunido nesta quinta (9) com a coordenação do Centro de Formação de Economia Solidária da Região Centro-Oeste e com o Setorial de Economia Solidária do Partido dos Trabalhadores.
A economia solidária é uma forma de produção, consumo e distribuição de riqueza com foco na valorização do ser humano acima do capital, que prevê formas de produção associativistas e cooperativistas, onde o trabalhador tem autonomia sobre seu trabalho, em contraposição à condição de empregado assalariado.
No âmbito da gestão municipal, Lúdio Cabral propõe criar uma secretaria específica ou um núcleo subordinado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento para tratar do tema e implantar um espaço para comercialização dos produtos e capacitação dos empreendedores.
Na administração de Lúdio Cabral serão incentivados a produção, o agroextrativismo, a coleta, a transformação e a prestação de serviços para incentivar a agricultura peri urbana, que se caracteriza pela produção, no perímetro urbano, de hortaliças, frutas, ervas medicinais e animais para consumo próprio, trocas, doações e venda.
O petista planeja ainda incentivar a formação de grupos produtivos autogestionados em áreas com confecção, cultura, produção de alimentos, serviços, estética, artesanato, produção de fitoterápicos, entre outros, além de incentivar grupos de consumo consciente e a organização de Bancos Comunitários e Fundos Rotativos Solidários. A merenda escolar será adquirida junto a agricultores familiares e de empreendimentos solidários, adotando critérios do Programa Nacional de Alimentação Escolar.
Economia Solidária em Cuiabá
Em Cuiabá, existem pelo menos 23 grupos de economia solidária organizados no movimento em prol do setor, além de muitos outros ainda não mapeados. A coordenadora do Centro de Formação de Economia Solidária da Região Centro-Oeste, Rosângela Carneiro Góes, explica que este tipo de economia contribui para o crescimento do município e para o desenvolvimento das pessoas. “Seu diferencial é promover a participação popular, valorizar a organização da comunidade e a autonomia”. Segundo ela, já existem experiências positivas em desenvolvimento no Brasil, entre elas as da Secretaria Distrital de Economia Solidária, em Brasília (DF) e a Rede de Economia Solidária da cidade de Dourados (MS).
De acordo com Rosângela, o cenário é positivo para a economia solidária, já que o Brasil é o único país do mundo a possuir um Sistema Nacional de Comércio Justo, implantado durante o governo do ex-presidente Lula, além de uma Secretaria Nacional de Economia Solidária.
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