18 de agosto de 2011

Privatização da Sanecap volta a esquentar debate na Câmara

Os trabalhadores da Sanecap estiveram mais uma vez na sessão ordinária da Câmara Municipal de Cuiabá nesta quinta-feira, 18 de agosto, para manifestar posição contrária à privatização do saneamento. Os servidores decidiram entrar em greve ontem contra a insistência da Prefeitura em conceder os serviços à iniciativa privada sem discussão com a sociedade e contra a precarização generalizada das condições de trabalho da Companhia, ocasionada pela má gestão da diretoria.


Durante a sessão, o vereador Lúdio Cabral (PT) afirmou que protocolou um requerimento exigindo explicações detalhadas ao prefeito sobre os gastos da Prefeitura com propaganda, desde o início da sua gestão. "Não é possível que se tenha tanto dinheiro para investir em propaganda e nada para uma boa gestão da Sanecap ou para investir na Saúde, que está um caos".


Além disso, Lúdio apresentou denúncias dos trabalhadores de que a direção da Sanecap está deixando de comprar peças fundamentais para o sistema de abastecimento, o que ocasionou a falta de água na região central nos últimos dias. "A direção da Sanecap deixou de comprar uma peça que custa cerca de mil reais e que já havia sido solicitada há dois meses pelos próprios trabalhadores, por isso a falta de água da última semana. Isso caracteriza o sucateamento proposital dos serviços de saneamento por parte da direção".
As galerias e a porta da Câmara ficaram lotadas com trabalhadores e estudantes, que usaram faixas e disseram palavras de ordem durante grande parte do tempo. O presidente da Câmara, vereador Júlio Pinheiro (PTB), chegou a fazer ameaças de "evacuar" o prédio caso os manifestantes insistissem nas intervenções. Outras pessoas foram barradas na porta da Câmara.

Os vereadores também discutiram a questão da CPI da Sanecap, requerida pelo vereador Lúdio Cabral, que até então tinha apenas duas assinaturas. O vereador Toninho de Souza (PDT) aproveitou a tribuna para assinar o documento também e pedir aos colegas que contribuíssem para que a CPI seja realizada. São necessárias sete assinaturas para que a CPI seja instaurada.


Assessoria de Imprensa
Luana Soutos
Jornalista DRT 1676/MT
(65) 9218-3297

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