Manifestantes contra a privatização dos serviços de saneamento de Cuiabá estão em vigília em frente a Câmara Municipal da cidade. O grupo levantou acampamento por volta das 18h de quarta-feira, 24 de agosto, e acompanhará a sessão ordinária na manhã desta quinta, 25, em que a votação do Projeto de Lei sobre a concessão privada do saneamento deve ser votado pelos vereadores.
Organizadas pelo Fórum Contra a Privatização da Sanecap, cerca de cem pessoas, de entidades estudantis, sindicais e associações de moradores, armaram barracas e encheram a praça em frente ao Palácio Pascoal Moreira Cabral de faixas pedindo aos parlamentares que não aprovem a privatização do saneamento sem discutir outras alternativas com a sociedade. Mesmo com a especulação de que a Câmara teria adiado a apreciação da pauta, os manifestantes decidiram permanecer no local. "Se os parlamentares realmente recuarem na votação desse Projeto de Lei, entenderemos como uma vitória e comemoraremos esse resultado, que será fruto na nossa mobilização", afirmou o trabalhador da Sanecap André Teixeira.
A idéia do acampamento surgiu, segundo Teixeira, também da necessidade de restabelecer o contato com a imprensa, pois a Prefeitura tem investido em propagandas para convencer a população de que a única solução para a rede de abastecimento de água da capital seria a privatização. "O prefeito está fazendo uma campanha milionária na mídia para promover a idéia de concessão do saneamento à iniciativa privada. A única maneira que a gente tem de chamar a atenção da população e da imprensa para que a gente possa ser ouvido também é fazer atos como esse", explicou.
Um dos participantes do acampamento, o estudante de geografia da UFMT, Flávio Aparecido, afirma que a população em geral deve se envolver nesse debate, pois o saneamento é assunto de interesse de todos. "Eu acredito que os serviços essenciais, como o saneamento, devem ser públicos. O Poder Público não pode se abster das suas responsabilidades constitucionais de garantir esses serviços com a qualidade que nós merecemos. Nós pagamos impostos para isso".
Entre as entidades representadas no acampamento estão Central Única dos Trabalhadores (CUT), Pastoral da Juventude (PJ), Partido dos Trabalhadores (PT), Alternativa Socialista Sindical (ASS), Juventude do PT, Diretório Central dos Estudantes da UFMT, Frente de Luta dos Centros Acadêmicos da UFMT, Centro Acadêmico de Serviço Social da UFMT, Diretório Central dos Estudantes da UNIC, Interssindical, Une Pela Base, Movimento dos Tralhadores Rurais Sem Terra (MST), Resistência Popular, Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Saneamento Ambiental de Cuiabá (Sintaesa) e Associação de Moradores do Bairro Renascer.
Assessoria de Imprensa
Luana SoutosJornalista DRT 1676/MT
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