2 de agosto de 2014

No Norte, Lúdio apresenta plano de descentralização de governo

Em visita a municípios do extremo Norte de Mato Grosso, o candidato a governador Lúdio Cabral (PT) defendeu a realização de governo descentralizado, com mudanças na organização que garantam a participação das pessoas. Uma das metas é a implantação de gabinetes regionais em 19 municípios, compostos por quadros técnicos do Estado e que teriam funcionamento permanente para garantir a proximidade da gestão com a população de todas as regiões de Mato Grosso.
“Não tem sentido que o pequeno produtor do campo, por exemplo, tenha que se deslocar até Cuiabá para dar andamento a processos administrativos, carimbar um pedaço de papel para tentar realizar seus direitos.  Essas coisas têm que ser feitas aqui, nas regiões onde as pessoas vivem”, afirmou Lúdio durante diálogo com moradores de Guarantã do Norte, Colíder, Nova Canaã do Norte e Alta Floresta nessa quinta-feira (31.07).
Como principal prioridade de governo, Lúdio apontou a realização de políticas públicas e o cuidado com as pessoas e defendeu um plano estratégico com foco nos eixos de desenvolvimento econômico e infraestrutura e logística que garanta as condições para a realização das políticas sociais.
Para o desenvolvimento econômico do Estado, Lúdio assegurou que, além de impulsionar a agricultura empresarial e pecuária que hoje ‘é o motor’ da economia de Mato Grosso, é meta e compromisso de seu governo investir também na agricultura familiar, atividade que envolve mais de 140 mil famílias em Mato Grosso. O propósito é assegurar a presença do Estado, por meio de seus órgãos, para apoiar a produção da pequena propriedade do campo, com assistência técnica, tecnologias, financiamento, suporte para escoamento e comercialização da produção, além da organização de cadeias produtivas como da  avicultura, fruticultura, piscicultura, criação de gado leiteiro, entre outras, como uma das formas de diversificar a economia.  
Duplanil Pereira Costa, 59 anos, Morador de Guarantã do Norte comemorou o compromisso firmado por Lúdio.  Desde muito jovem ele viveu na zona rural na lida da agricultura familiar e agora trabalha com a comercialização de produtos agrícolas para pequenos produtores da região. “Esperamos que o próximo governador valorize e garanta assistência técnica e apoio à agricultura familiar. É o que põe comida na mesa das pessoas. Estou feliz porque tenho certeza que Lúdio vai realizar isto aqui na nossa região e no estado”, afirma Duplanil.
Lúdio elencou ainda ações inseridas no intuito de proteger a floresta e a biodiversidade presente no estado, como o incentivo a projetos de manejo sustentável e de recuperação de áreas florestais.
Também no plano de desenvolvimento econômico para Mato Grosso, Lúdio apresentou como meta de governo a industrialização. Segundo ele é uma alternativa para agregar valores aos produtos, gerar mais empregos, distribuir riquezas e corrigir as grandes desigualdades entre os municípios. O propósito é utilizar a política de incentivo existente no estado para alocar em áreas com potencial de crescimento, uma forma de ampliar receita sem acarretar em aumento de impostos. 
Outra tarefa fundamental do seu governo, segundo Lúdio, é garantir infraestrutura e logística para a engrenagem do desenvolvimento econômico que viabilizará as condições para a realização das políticas públicas. A construção de 2mil km de rodovias de integração para conexão entre as regiões do estado é um dos projetos estratégicos. A reestruturação e manutenção das rodovias estaduais que tem uma malha de 5 mil km, a conclusão do Programa MT Integrado e saneamento básico são outras ações propostas para o setor.
Na próxima semana, Lúdio realizará a apresentação para imprensa do Programa de Metas do seu governo com descrições detalhadas das ações, custos, e fontes dos recursos.
Gestão da saúde
No plano das políticas sociais, a saúde foi um dos temas mais debatidos com os moradores durante a viagem. As dificuldades encontradas nos hospitais regionais de Colíder e Alta Floresta, a partir da adoção do modelo de gestão das OSS - Organizações Sociais de Saúde foram apontadas por trabalhadores da saúde e usuários.  “O que esperamos é que o Estado assuma a responsabilidade como gestor da saúde no estado.  O nosso hospital é referência que atende a região Norte de Mato Grosso e o sul do Pará e perdemos muito com esse modelo de gestão de OSS. Precisamos também de ampliação nas especialidades de atendimento, concurso público, estruturação de espaços físicos, mais leitos e equipamento de UTI”, afirma o servidor do Hospital Regional de Colíder, Everaldo Soares.

Lúdio reafirmou seu compromisso com a retomada da gestão direta da saúde. Segundo ele, o modelo de gestão das OSS resultou em aumento de custo para administração pública, acarretando a redução de recursos para os municípios cuidarem da atenção básica, sem dá conta de produzir atendimento na escala necessária.

Assessoria de Imprensa Lúdio Cabral
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Fotos: Flávio André

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