Representantes da sociedade civil estiveram na Câmara Municipal de Cuiabá nesta quarta-feira, 26 de outubro, para participar da Audiência Pública sobre a adoção da política de reserva de cotas para ingresso de estudantes de escolas públicas nos cursos de graduação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
A reitora da UFMT, profa. Dra. Maria Lúcia Cavalli Neder, afirmou que essa discussão é claramente marcada por uma posição ideológica, e que todo o esforço da UFMT neste momento é no sentido de proporcionar inclusão social. “Essa discussão tem que ser feita no seio da sociedade, considerando nossas contradições, impostas pela divisão econômica que marca nosso país. Essa condição exige que nós tratemos os diferentes como diferentes”, justifica Maria Lúcia, que é favorável a adoção de reservas.
Outras opiniões reforçaram a ideia de que a política de cotas seria a solução para amenizar as diferenças sociais, com algumas posições variáveis da porcentagem de vagas que devem ser reservadas. “O DCE entende que nós devíamos reservar vagas na mesma proporção da porcentagem de estudantes que estudam em escolas públicas”, defendeu o coordenador do Diretório Central dos Estudantes da UFMT (DCE-UFMT), Murilo Alberto Canhoto Beltramin.
Representando o Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre Relações Raciais e Educação, profa. Ozerina Victor de Oliveira afirmou que “há um percentual mínimo de jovens negros nas universidades públicas. A defesa de inclusão vai no sentido de uma cobrança de dívida, mas também no sentido de educação cultural, pois as pessoas que não se identificam com um lugar, se quer pensam em frequentar esse lugar”. O movimento negro já articula com a UFMT a possibilidade de adotar, também, a reserva de caráter racial.
Apenas duas opiniões questionaram a eficiência da adoção de cotas: a do proprietário do Colégio Master, Prof. Paulo Roberto de Andrade, que afirmou que a prioridade deve ser o investimento na educação pública de qualidade, pois acredita que as cotas são apenas mais uma estratégia para desviar o foco do problema da Educação. Andrade compartilha com a profa. Ozerina a opinião de que os estudantes do IFMT podem ser beneficiados nesse sistema, pois a instituição é a melhor conceituada entre as escolas públicas.
Por fim, o vereador Lúdio Cabral pontuou os encaminhamentos da audiência. “Nós retiramos daqui posicionamentos sobre a necessidade do fortalecimento do ensino público, com o investimento de 10% do PIB para a Educação, junto com a adoção da reserva de vagas social e também racial”.
Lúdio vai propor à Câmara Municipal de Cuiabá uma Moção em defesa do investimento de 10% do PIB na Educação.
Requerida e presidida pelo vereador Lúdio Cabral (PT), a audiência teve o objetivo de incentivar o debate nos espaços públicos, já que essa é um assunto de amplo interesse social, visto que as opiniões nesse sentido ainda são controversas.
A reitora da UFMT, profa. Dra. Maria Lúcia Cavalli Neder, afirmou que essa discussão é claramente marcada por uma posição ideológica, e que todo o esforço da UFMT neste momento é no sentido de proporcionar inclusão social. “Essa discussão tem que ser feita no seio da sociedade, considerando nossas contradições, impostas pela divisão econômica que marca nosso país. Essa condição exige que nós tratemos os diferentes como diferentes”, justifica Maria Lúcia, que é favorável a adoção de reservas.
Outras opiniões reforçaram a ideia de que a política de cotas seria a solução para amenizar as diferenças sociais, com algumas posições variáveis da porcentagem de vagas que devem ser reservadas. “O DCE entende que nós devíamos reservar vagas na mesma proporção da porcentagem de estudantes que estudam em escolas públicas”, defendeu o coordenador do Diretório Central dos Estudantes da UFMT (DCE-UFMT), Murilo Alberto Canhoto Beltramin.
Representando o Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre Relações Raciais e Educação, profa. Ozerina Victor de Oliveira afirmou que “há um percentual mínimo de jovens negros nas universidades públicas. A defesa de inclusão vai no sentido de uma cobrança de dívida, mas também no sentido de educação cultural, pois as pessoas que não se identificam com um lugar, se quer pensam em frequentar esse lugar”. O movimento negro já articula com a UFMT a possibilidade de adotar, também, a reserva de caráter racial.
Apenas duas opiniões questionaram a eficiência da adoção de cotas: a do proprietário do Colégio Master, Prof. Paulo Roberto de Andrade, que afirmou que a prioridade deve ser o investimento na educação pública de qualidade, pois acredita que as cotas são apenas mais uma estratégia para desviar o foco do problema da Educação. Andrade compartilha com a profa. Ozerina a opinião de que os estudantes do IFMT podem ser beneficiados nesse sistema, pois a instituição é a melhor conceituada entre as escolas públicas.
Por fim, o vereador Lúdio Cabral pontuou os encaminhamentos da audiência. “Nós retiramos daqui posicionamentos sobre a necessidade do fortalecimento do ensino público, com o investimento de 10% do PIB para a Educação, junto com a adoção da reserva de vagas social e também racial”.
Lúdio vai propor à Câmara Municipal de Cuiabá uma Moção em defesa do investimento de 10% do PIB na Educação.
Também participaram da audiência o vice-reitor da UFMT Prof. Francisco Souto, a pró-reitora de Graduação da UFMT, Profa. Myrian Thereza de Moura Serra, o presidente do Sindicato dos Docentes da UFMT (Adufmat), Prof. Carlos Alberto Eilert; e a representante da Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul, profa. Eliane.
A próxima reunião do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFMT (Consepe) para decidir sobre a adoção da reserva de vagas será no dia 31 de outubro.
Assessoria de Imprensa
Luana Soutos
Luana Soutos
Jornalista DRT 1676/MT
(65) 9218-3297
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